Durante mais de cinco horas, ele relatou os crimes que teriam sido cometidos e detalhou o que teria sido a participação de cada um.
O procurador-geral da República fez nesta sexta-feira (3) a acusação aos réus do processo do mensalão. Durante mais de cinco horas, ele relatou os crimes que teriam sido cometidos e detalhou o que teria sido a participação de cada um. Roberto Gurgel afirmou estar convencido de que há provas para a condenação, e, mais uma vez, apontou o ex-ministro José Dirceu como chefe do esquema de corrupção.
Toda a atenção foi para o procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel. É ele o responsável pela acusação aos 38 réus do mensalão.
“Estou absolutamente convencido que a prova colhida no curso da instrução, associada aos elementos que instruíram o inquérito, comprovou a autoria e a materialidade dos delitos objeto da ação, bem como o dolo com que agiram seus autores. O conjunto probatório efetivamente não deixa dúvidas quanto à procedência da acusação”, declarou ele.
Gurgel foi contundente ao qualificar a atuação do que chamou de quadrilha, acusada de sete crimes.
“Foi, sem dúvida, o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no Brasil. Maculou-se gravemente a República, instituindo-se à custa do desvio dos recursos públicos uma sofisticada organização criminosa, um sistema de enorme movimentação financeira à margem da legalidade, com objetivo de comprar os votos de parlamentares nas matérias tidas como especialmente relevantes pelos líderes criminosos”, acrescentou.